ESTRELA DA MANHÃ
Eu acredito na distância entre nós
Na verdade, há antagonismo entre minha alma e espírito
Mas ausente se encontra a razão de ambas
Quando minhas mãos cortam minha carne
E o sangue lava a desaire que sinto em ver que o espírito tinha razão
Quando a dor antes mantida no silêncio de um luto precoce surge
Vejo bignónia nascendo em montanhas de gelo
E o gosto do mel torna-se acerbo
O jovem mancebo sente o zéfiro da noite e chora
A rolar, as lágrimas do jovem mancebo
Lágrima frigida, sem sentimentos e temor
Que apenas caem, de um olhar de desesperança
Essa é a noite do jovem mancebo
Mas a alvorada traz uma beleza helênica
E traz sentido ao jovem mancebo
A estrela da manhã derrete o impossível e faz a bignónia ter filhos
E morta está a impureza nos lábios do mancebo
Já é assaz a luz do sol, que traz em seus raios a esperança
Que faz o jovem mancebo crer
Que onde a noite dizia ser lúgubre, a estrela da manhã traz a vida
Eu acredito na distância entre nós
Na verdade, há antagonismo entre minha alma e espírito
Mas em algo eles sempre concordam
Você, estrela da manhã