ESTRELA DA MANHÃ

Eu acredito na distância entre nós

Na verdade, há antagonismo entre minha alma e espírito

Mas ausente se encontra a razão de ambas

Quando minhas mãos cortam minha carne

E o sangue lava a desaire que sinto em ver que o espírito tinha razão

Quando a dor antes mantida no silêncio de um luto precoce surge

Vejo bignónia nascendo em montanhas de gelo

E o gosto do mel torna-se acerbo

O jovem mancebo sente o zéfiro da noite e chora

A rolar, as lágrimas do jovem mancebo

Lágrima frigida, sem sentimentos e temor

Que apenas caem, de um olhar de desesperança

Essa é a noite do jovem mancebo

Mas a alvorada traz uma beleza helênica

E traz sentido ao jovem mancebo

A estrela da manhã derrete o impossível e faz a bignónia ter filhos

E morta está a impureza nos lábios do mancebo

Já é assaz a luz do sol, que traz em seus raios a esperança

Que faz o jovem mancebo crer

Que onde a noite dizia ser lúgubre, a estrela da manhã traz a vida

Eu acredito na distância entre nós

Na verdade, há antagonismo entre minha alma e espírito

Mas em algo eles sempre concordam

Você, estrela da manhã

brucejoker
Enviado por brucejoker em 04/10/2010
Código do texto: T2537547
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