O caminho era bem mais suave
O caminho nem sempre é a gente que faz.
Começou com os velhos, com os nossos pais.
O nome ainda é a de uma famosa cartilha.
A qual nem sempre boas lembranças traz.
Dor no joelho, grão de milho, a palmatória,
Alguns deslizes, e leves borrões na hístória.
O “Caminho Suave” foi bom demais,
Um fio de bigode de valor ancestral
É o parâmetro a mensurar o atual
Mundo banal de crime e bacanal.
Hoje seres se comem à canibais,
Quanto mais aumenta e evolução
Aumenta a libidinosa população.
Tecnologia de ponta que aponta
A um caminho de preocupação.
Qual pode construir a destruição.
O remédio, a boa droga da cura
Nas mãos de médios médicos
Tornou-se a mais lúcida-loucura.
Muitos deles querem sair do tédio
Com tamanho estudo dessa cultura
Cultuando-a em morte prematura.
Falei de uma classe social
Porém, não o fiz por mal.
Pode ser uma linda menina
Como um Zé ali da esquina.
Pode ser um santo padre pedófilo
Como um juiz que se diz hidrófilo
Absorvente de justiça e ópio.
Como um esterilizado político,
Quiçá, esquálido paralítico.
O caminho perdeu a inocência
Qual já não muito possuia,
Porém, o caminho tinha brio
Estelar com fantástico brilho
De muito mais coerência
Que jamais teve n’algum dia.
Vamos lutar com muita fé
Evitando a malquerença.
Até que um dia a vida vença.
E quando a nossa hora chegar
Bravamente vamos viver de pé
Transmutando para outra vida
Com a consciência erguida
Qual o bem poderá enxergar.
E será o Caminho Suave
Da nossa querida infância.