O caminho era bem mais suave

O caminho nem sempre é a gente que faz.

Começou com os velhos, com os nossos pais.

O nome ainda é a de uma famosa cartilha.

A qual nem sempre boas lembranças traz.

Dor no joelho, grão de milho, a palmatória,

Alguns deslizes, e leves borrões na hístória.

O “Caminho Suave” foi bom demais,

Um fio de bigode de valor ancestral

É o parâmetro a mensurar o atual

Mundo banal de crime e bacanal.

Hoje seres se comem à canibais,

Quanto mais aumenta e evolução

Aumenta a libidinosa população.

Tecnologia de ponta que aponta

A um caminho de preocupação.

Qual pode construir a destruição.

O remédio, a boa droga da cura

Nas mãos de médios médicos

Tornou-se a mais lúcida-loucura.

Muitos deles querem sair do tédio

Com tamanho estudo dessa cultura

Cultuando-a em morte prematura.

Falei de uma classe social

Porém, não o fiz por mal.

Pode ser uma linda menina

Como um Zé ali da esquina.

Pode ser um santo padre pedófilo

Como um juiz que se diz hidrófilo

Absorvente de justiça e ópio.

Como um esterilizado político,

Quiçá, esquálido paralítico.

O caminho perdeu a inocência

Qual já não muito possuia,

Porém, o caminho tinha brio

Estelar com fantástico brilho

De muito mais coerência

Que jamais teve n’algum dia.

Vamos lutar com muita fé

Evitando a malquerença.

Até que um dia a vida vença.

E quando a nossa hora chegar

Bravamente vamos viver de pé

Transmutando para outra vida

Com a consciência erguida

Qual o bem poderá enxergar.

E será o Caminho Suave

Da nossa querida infância.

jbcampos
Enviado por jbcampos em 03/10/2010
Código do texto: T2536225
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