LÂMPADAS QUE SE APAGARAM

As sombras do entardecer se misturaram

À tua sombra. e os indícios,

Dos teus rastros, os perdi, caminho à fora

Quando um manto negro sobre o dia encerrou ...

Desceu a noite... As montanhas se cobriram...

Os pássaros se aconchegaram e adormeceram...

Como vigílância , o mar não cerrou suas pálpebras...

Como testemunhas, lá no céu , cintilavam as estrelas...

O dia foi morrendo numa tarde de domingo...

Foram lâmpadas que se apagaram,

Quando, numa sala te fecharam ...

Mas , na torre da matriz...

O sino , tangia... tangia... tangia plangente...

Outrossim, jorravam meus olhos a lastimar,

Pelas lâmpadas , que de ti se apagaram ...

Quando os vi , levantar - te ao nosso olhar...

Aurora se eleva dia a dia, cada vez mais nova.

Seus raios, hão de infiltrar circulando em multicores...

Há esperança... Hão de ascender as mesmas luzes...

O mesmo sino, há de ser tangido, eufórico e vaidoso...

Nice Ventura