Ode a um Ipê Roxo

Em meio à cidade grande,
repleta de arranha-céus,
engarrafamentos e ciladas,
fumaça transforma-se em véu.

Urbana demais eu me sinto
concreto e asfalto sufocam,
por tantos perigos que vivo
os piores medos afloram.

Em meio a tanta balbúrdia,
um ipê roxo sobreviveu,
uma pequena luxúria
que a natureza nos deu.

E sem que me desse conta,
pus-me feliz a sorrir,
a vida em perigo desponta
e sinaliza a florir!

Ipê que o cimento decora
poucos podem aplaudi-lo
a insensibilidade que jorra
instiga o maior perigo:
o derespeito à flora,
o homem que deteriora
seu mundo, seu lar, seu abrigo.

Rogoldoni
05 09 2010

Rosângela de Souza Goldoni
Enviado por Rosângela de Souza Goldoni em 06/09/2010
Reeditado em 12/09/2012
Código do texto: T2480903
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.