Ode a um Ipê Roxo
Em meio à cidade grande,
repleta de arranha-céus,
engarrafamentos e ciladas,
fumaça transforma-se em véu.
Urbana demais eu me sinto
concreto e asfalto sufocam,
por tantos perigos que vivo
os piores medos afloram.
Em meio a tanta balbúrdia,
um ipê roxo sobreviveu,
uma pequena luxúria
que a natureza nos deu.
E sem que me desse conta,
pus-me feliz a sorrir,
a vida em perigo desponta
e sinaliza a florir!
Ipê que o cimento decora
poucos podem aplaudi-lo
a insensibilidade que jorra
instiga o maior perigo:
o derespeito à flora,
o homem que deteriora
seu mundo, seu lar, seu abrigo.
Rogoldoni
05 09 2010