Calo-me, gritando

.:.

Prefiro você, mesmo que existam divergências!

Apenas nas suas linhas, em cada curva insana,

É que me desmorono, cálido, por inteiro, sempre!

Sei que não posso encontrar em cada ausência

Nenhuma parte da presença virtual que emana...

Nem por isso, claro, arrefece o calor do seu ventre.

Se o torpor das indecências não servem a nós dois;

se os alicerces dos ‘plugins’ são nanométricos demais.

Que importa se daqui não posso tocar, havendo toque?

Que importa ser ou estar dentro quando o fora nos apraz?

A vida não pode ser um flerte que se concretiza depois...

A vida é uma mistura de erros e de acertos casuais.

Por que me pedem tanto para desvirtuar o sonho intenso?

Por que tenho que viver uma realidade que não é minha?

Quero mesmo é que da vida eu me arranhe dentro da rinha,

esperneando e gritando – cheio de loucuras e contrassensos.

Se me pedem que me cale, grito e grito com o suor da alma!

Se me pedem que silencie, entendo o ‘calar-se’ como una jaula.

Nijair Araújo Pinto

Iguatu-CE, 01 de setembro de 2010.

16h17min

.:.

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 01/09/2010
Reeditado em 04/09/2012
Código do texto: T2472628
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.