Calo-me, gritando
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Prefiro você, mesmo que existam divergências!
Apenas nas suas linhas, em cada curva insana,
É que me desmorono, cálido, por inteiro, sempre!
Sei que não posso encontrar em cada ausência
Nenhuma parte da presença virtual que emana...
Nem por isso, claro, arrefece o calor do seu ventre.
Se o torpor das indecências não servem a nós dois;
se os alicerces dos ‘plugins’ são nanométricos demais.
Que importa se daqui não posso tocar, havendo toque?
Que importa ser ou estar dentro quando o fora nos apraz?
A vida não pode ser um flerte que se concretiza depois...
A vida é uma mistura de erros e de acertos casuais.
Por que me pedem tanto para desvirtuar o sonho intenso?
Por que tenho que viver uma realidade que não é minha?
Quero mesmo é que da vida eu me arranhe dentro da rinha,
esperneando e gritando – cheio de loucuras e contrassensos.
Se me pedem que me cale, grito e grito com o suor da alma!
Se me pedem que silencie, entendo o ‘calar-se’ como una jaula.
Nijair Araújo Pinto
Iguatu-CE, 01 de setembro de 2010.
16h17min
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