Que dourem os Sonhos, Num Novo Dia


Por hoje o meu dia termina!
Meu tempo passa
Sem gracejos de pássaros pelo céu!
...
Já me é noite e o silêncio ... um mausoléu
Que me acua, me abrevia em afoitos ritos
De relva dentro em mim e, assim

Nesse olhar paciente torno a ser só a lua
Esmaecida e estendida, de alma nua
Pelos céus azuis de macio cetim
 
Submersa e destoada de cores ouço-lhe as asas
Dos pensares, onde os pesares são brumas
Plumas rasas, borboletas que me voam dentro
...
Sobrevôos por meus extintos sonhos amenos
Num bater suas asas descompassadamente
Desse tempo antiquado em que meu legado
É semear, espalhar e crer no além  plantio
 
Sempre no intento que sóis  e chuvas me venham acudir
E as tempestades e ventos se atenham em não vir
Não sabotem e,  não induzam meu sentido
Dando-me e acatar que meu  fim se achega
 
... Em passos lentos e sensatos...
 
Sem rimas, poemas e/ou afins
Que me possam devolver
Ao que perdi
...
De mim!






*** imagens google***

AndreaCristina Lopes
Enviado por AndreaCristina Lopes em 30/08/2010
Reeditado em 22/05/2011
Código do texto: T2469299
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