Fênix

Sobrevivente de incêndios próprios, rumando pelo espaço efémero, evocando a lua quase adormecida, que ainda pende no céu, dando guarida a estrelas trémulas que quase padecem cansadas, enfrentando a manhã que começa distraída.

Ainda se consegue respirar o cheiro das rosas húmidas de orvalho tardio.

O fogo empalidecia enquanto o sol nascia sombrio.

O limiar dos mundos e a vida dançante sibilando por toda parte.

As cinzas caem no chão, adubando alegria e despojando-nos dos remorsos e das dúvidas.

A fênix fulgurante voa, renascendo em cada poema, passarinhando, esgueirando-se por entre letras e rimas.

Janaina Cruz
Enviado por Janaina Cruz em 30/08/2010
Reeditado em 19/05/2013
Código do texto: T2468397
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