SINFONIA UNIVERSAL / UNIVERSAL SYMPHONY
SINFONIA UNIVERSAL
JB Xavier
Cantemos! Hosana à vida que se espraia,
Que suspira e vibra em cada átomo do universo!
Tudo é movimento! Tudo é matemática, tudo é o inverso
De si mesmo, na transmutação sagrada de uma alfaia,
Onde um grão de areia tem seu lugar cativo
No bailado da imensidão, aparentemente controverso,
Para cuja descrição não há nenhum adjetivo...
Detenhamo-nos por um segundo e cantemos!
Sorvamos os haustos do distante Mistério,
Que a vida é o que se passa entre seus extremos!
Prostremo-nos por um momento e busquemos
A verdade, claramente escondida em nossas mentes,
O sentido último de nossa existência neste império,
A cujas imutáveis leis somos sempre indiferentes...
Desçamos do pedestal que loucamente escalamos
Tentando ser o centro do círculo universal,
Quando, qual esposa de Lot, somos simples estátuas de sal
Sem compreender a fraqueza em que estamos,
Nem o caminho que deveríamos seguir,
Nem o lugar que nos cabe nessa sinfonia universal,
Que vivenciamos sem ouvir, sem ver e sem sentir...
Desçamos da insensatez, da soberba e da luxúria
Abandonemos a imprudência de nos fazer divindade,
Curemo-nos de vez dessa insanidade,
Para que não tenhamos que enfrentar a fúria
Do quer que seja que tudo rege no universo, daquele
Supremo Mistério, que pela imensidão de sua luminosidade,
Pode, num soprar de instantes, nos expulsar dele...
* * *
UNIVERSAL SYMPHONY
JB Xavier
Let’s sing! Hosanna to the life that spreads itself,
That sighs and vibrates in every atom of the universe!
Everything is moviment! Everything is math, everything is the inverse
Of itself, inside of the sacred transmutation of an satin,
Where a grain of sand has its firm place
In the ballet of the vastness, apparently controversial,
Whose description of which there is no adjective...
Let us pause for a second and let’s sing!
Let’s to breathe in the essence of the far mystery
Because the life is what happens between its extremes!
Bow down for a moment and let’s seek
The truth, clearly hidden in our minds,
The ultimate meaning of our existence in this empire,
Whose immutable laws we are always indifferent for...
Let’s step down from the pedestal that we madly climb
Trying to be the center of the universal circle
When, just like the Lot’s wife, we are simple statues of salt
Without understanding the weakness that we're in
Neither the path we should follow,
Neither the place we’ve got in this universal symphony,
That we live without listening, without seeing or feeling...
Let’s to descend from the folly, pride and lust…
Let’s to abandon the insanity to try to be gods
And let’s cure ourselves of this disease,
To not have to face the wrath
Of whatever that governs the universe, from that
Supreme Mystery, that by the immensity of its luminosity,
Can, in a blow moments, throw us out of it...
* * *