RECADO AO GÊ

Gê, caro Gê... Queima essa fantasia...

Larga mão desses ternos escroques

Vem rimar, pintar e bordar, agitar uns rocks...

Relê essas canções, essas odes da Cecília...

Recompõe-te com uma velha camiseta

Calça teu chinelinho verde de dedo

Desacompanha-te de vez da parceria do degredo

Bebe, guarnecido de fritas, uma cerveja preta

Eleva o dedo às nuvens esguelhas, aos bem-te-vis

Descobre o sagui vermelho no cume daquela árvore madura

Faze da primeira aurora tua mais tresloucada aventura

E toma-te de embarque à luz dessa manhã joliz

De nada importam os dramas de algibeira, as vergonhas

Abre teus segredos aos desconhecidos presentes

Relaxa a mão... isso... germina nela amores refulgentes...

Pronto... não mais a solta das floradas que sonhas...