Quero
Que nasça,
Que floreça,
Que ao se abrir,
Que permaneça,
Que cresça,
Que na barriga viva
Que se viver, seja feliz
Que mane,
Que rompa, ecloda.
Que faça o que não fiz.
Para que seja o que não fui
Para que o mundo o veja
Para que não se esconda,
Para que seja meu filho
Para que o medo não o mate.
Para que por se só, tenha seu brilho
Para que os outros não o apontem.
Para que não seja aquele filho daquele
Para quem a vida não o ache.
Para mim somente, que seja meu.
Quero romper com o comum,
Quero rasgar o véu, esse gosto
Quero tirar o acre do fel.
Quero limpar o meu rosto
Quero abafar da garganta esse grito
Quero arrebatar dos seus lábios esse não.
Quero dizer que a mim é restrito
Quero matar esse amor, esse nome qualquer
Quero morrer, essa morte, essa liberdade
Quero fugir, escapulir, abalar tudo isso quero ficar.
escrito em nov/1977
Que nasça,
Que floreça,
Que ao se abrir,
Que permaneça,
Que cresça,
Que na barriga viva
Que se viver, seja feliz
Que mane,
Que rompa, ecloda.
Que faça o que não fiz.
Para que seja o que não fui
Para que o mundo o veja
Para que não se esconda,
Para que seja meu filho
Para que o medo não o mate.
Para que por se só, tenha seu brilho
Para que os outros não o apontem.
Para que não seja aquele filho daquele
Para quem a vida não o ache.
Para mim somente, que seja meu.
Quero romper com o comum,
Quero rasgar o véu, esse gosto
Quero tirar o acre do fel.
Quero limpar o meu rosto
Quero abafar da garganta esse grito
Quero arrebatar dos seus lábios esse não.
Quero dizer que a mim é restrito
Quero matar esse amor, esse nome qualquer
Quero morrer, essa morte, essa liberdade
Quero fugir, escapulir, abalar tudo isso quero ficar.
escrito em nov/1977