A PARÁBOLA DA VIDA AUTISTA

A vida de um autista é amiga oculta

como recordação de uma flor...

Ressurge e novamente escreve

sorrisos ou dores daqueles que especiais são...

O que sempre se fez em orvalhadas flores,

odes escritas para um único amor

Um filho especial ou a idolatria de curar o autista

É parábola de uma inteira vida infinita

Quem sabe amanhã não mais existirá em poesia...

ou me comprará um jardim com flores

Borboletas de muitas cores...

Para cura de todos os desencantos do meu ser.

Que o autismo seja lembrado como meu encanto.

Ainda que não por todos os cantos que ele ecoe.

Meu corpo pode até ficar inerte, mas que ele voe

Para onde eu possa entendê-lo.

Às vezes fico a sonhar os espaços

que queria conquistar

A imaginação, a cura e um sério desabafo.

Assim, como se eu fosse o orvalho ao cair na flor

Que se transformaria em pétalas o autismo mitigado

A flor mimosa que abrilhanta o prado

A fortuna nascente vai pedir luz

E o sol ... a estrela de primeira grandeza

onde jaz meus desejos de cura abrandada

Brilhará em intenso fulgor.

Na afluência de coexistir com o autismo

Que vai além dos atalhos e dos caminhos

Nos pós finos das quimeras

Sigo a senda invisível inabitada

Sem tecer a parábola da vida autista

Que se aninha sem cálice no meu coração...

Silvania Mendonça
Enviado por Silvania Mendonça em 12/08/2010
Código do texto: T2432816
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