A morte
A solidão se encaixa com o medo
Vêm bater a minha porta
Ás 23:40 da noite, chegando perto.
Apavorados e angustiados gritam.
O silêncio era tenebroso.
Naquele lugar de sempre.
Naquele momento
Em que lembrava dos sonhos
Que conquistei
E dos sonhos que morreram
Com algumas palavras
Naquele momento em que eu lembrava
Da minha juventude que morreu
Com os meus sofrimentos.
Foi naquele segundo, em que eu pensava...
Em nós
Que acabamos nos acabando
Naquele dia que vi as crianças
Sorrindo em minha direção
Ao chegar, percebi
Que eram lagrimas de sangue
(outro pesadelo)
Naquela noite em que eu tremia
Sem lembrança, sem paladar,
sem tato, sem pudor
Sem se quer imaginar
Que temos que morrer
Para germinar.
...........................................Emiliene M. Leite. Setembro 1996.