Desconhecido.

Uma terra encantada

com tanto orgulho

e tanta desgraça.

Um lugar que não descansa.

Inspira seu perigo

onde a morte dança.

E os vidros partidos

as balas perdidas

os gritos não-amigos

os fantasmas nas ruas.

Belas moças nuas

mostrando (sua) mágica

de ter a vida em frangalhos.

Paro sem aviso

com fone no ouvido,

músicas que lembram

um sorriso desconhecido

uma voz ainda surda

um mistério sem carapuça

alguns dias, breve...

E a cidade querida,

maravilhosa e bem vista

fica esquecida

enfiada na mala,

continua seguindo

com seus gemidos

por mim não ouvidos -

não espera pela alegria

ânsia em sintonia

por algo aguardado.

Eduarda Daibert
Enviado por Eduarda Daibert em 08/07/2010
Código do texto: T2366775
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