Desconhecido.
Uma terra encantada
com tanto orgulho
e tanta desgraça.
Um lugar que não descansa.
Inspira seu perigo
onde a morte dança.
E os vidros partidos
as balas perdidas
os gritos não-amigos
os fantasmas nas ruas.
Belas moças nuas
mostrando (sua) mágica
de ter a vida em frangalhos.
Paro sem aviso
com fone no ouvido,
músicas que lembram
um sorriso desconhecido
uma voz ainda surda
um mistério sem carapuça
alguns dias, breve...
E a cidade querida,
maravilhosa e bem vista
fica esquecida
enfiada na mala,
continua seguindo
com seus gemidos
por mim não ouvidos -
não espera pela alegria
ânsia em sintonia
por algo aguardado.