RENASCER

Chuva que cai de mansinho

Bem devagar e molha com

bondade o meu íntimo-cerne

Que há tempos deixou de

secar os meus devaneios

Vem cultivada, cada pedaço molhar

Cada sede deste chão, ver o amor brotar

A ânsia de luz e da terra sedenta

A primeira semente que cai nas brotas

Para adentrar nos mistérios da Criação

O mundo tem pressa

Fazer nascer e florescer todas as liberdades

Deixa incidir e acontecer os encontros tenazes

o êxtase da alvorada e o acalanto da noite

Renasce, encanta e movimenta os elos

Limpa a alma de temores e desamores

Sente e multiplica os encontros da vida

Escreve as verdades ainda não ditas

Compactua o “hoje” como único momento

E espera o momento do pão, da carne e do coração

Silvania Mendonça
Enviado por Silvania Mendonça em 08/07/2010
Código do texto: T2366092
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