MINHA MUSA, VERSOS MEUS AUSENTES
Musa amiga que geraste
No meu ser tua candura
Diz-me então porque ventura
Já de mim te afastaste?
Não sei mesmo que razão
Desde início convocaste
Muito menos se a contraste
Ganhou foros, sim ou não?
Já órfãos estão meus versos
Perdidos na solidão
Entre cargas de emoção
E sentidos mui dispersos.
Musa minha, versos meus,
Nesta triste encruzilhada
Encontrai no tudo ou nada
Um horizonte para os céus.
E se nesta caminhada
Eu for digno de clemência
Ponde fim à vossa ausência
Nesta vida tresmalhada.
Frassino Machado
In MUSA VIAJANTE