Nova
Nova
Cansei de catar caquinhos
de me abaixar e colhê-los
não quebro mais ... eu juro!
não suporto mais devaneios
Sou agora uma poesia fria
verdadeira e atrasada
que correu à revelia
nas poeiras da tua estrada
Fui boneca, marionete
já sorri querendo chorar
até pensei não ver
você me ignorar
Criei castelos de areia
enfeitei-os de estrelas
mas o mar nem viu a onda
e esta era traiçoeira
Mas colei os meus pedaços
com uma cola sem saudade
essa cola encontrei alí...
nos braços das amizades
Hoje inteira, refeita...
não temo sol nem chuva
Vou até a corredeira
nado nos lagos da lua
Arrisco sem medo de nada
pois nada mais tenho a perder
se doer agora, será menos
muito menos do que você
Pois que venham as borboletas
loucos seres de meu ser
estou pronta novamente
quero amar e não sofrer
Márcia Poesia de Sá