Nova

Nova

Cansei de catar caquinhos

de me abaixar e colhê-los

não quebro mais ... eu juro!

não suporto mais devaneios

Sou agora uma poesia fria

verdadeira e atrasada

que correu à revelia

nas poeiras da tua estrada

Fui boneca, marionete

já sorri querendo chorar

até pensei não ver

você me ignorar

Criei castelos de areia

enfeitei-os de estrelas

mas o mar nem viu a onda

e esta era traiçoeira

Mas colei os meus pedaços

com uma cola sem saudade

essa cola encontrei alí...

nos braços das amizades

Hoje inteira, refeita...

não temo sol nem chuva

Vou até a corredeira

nado nos lagos da lua

Arrisco sem medo de nada

pois nada mais tenho a perder

se doer agora, será menos

muito menos do que você

Pois que venham as borboletas

loucos seres de meu ser

estou pronta novamente

quero amar e não sofrer

Márcia Poesia de Sá

Márcia Poesia de Sá
Enviado por Márcia Poesia de Sá em 27/06/2010
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