Horizonte

há o desejo de beber de nova fonte

mas temos receio do horizonte

dessa linha onde acaba o conhecido

e começa o indefinido

e sempre que a âncora içamos

é na direção dele que vamos

viver é essa viagem

sem destino e sem vantagem

na inevitável busca

pela luz que ofusca

por espaços abertos

navegando mares incertos

ultrapassamos o medo e a lenda

enfrentamos borrascas e potestades

então o tempo nos traz a oferenda:

a paz está além das tempestades