PARA GUARDAR






Na memória:

o degelo que sobe as linhas

das montanhas – não o estupro

não a alvenaria.

sim, o conjunto de engrenagens

que podem ser inserido no disco

rígido da máquina que nunca cessa.




não há segredo, nem

um abuso externo do corpo

que se movimenta na pálpebra

da vida.



todos param diante do

ato colossal e da astúcia

do tempo.




nunca pode desnaturar-se, nunca se pode

fugir dos atos, conforme essas relações

entre homem e máquina seja um crescimento harmônico,

mas obstantemente algo interno poder quebrar,

e logo na tentativa de nunca deixar o futuro descobrir

o enfraquecimento, ainda haverá uma relação mútua

do homem e máquina, essas duas fábricas

de sabedoria e fruto.


ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 10/06/2010
Reeditado em 10/06/2010
Código do texto: T2311107
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