LABAREDAS
Cansei de mendigar migalhas,
de construir castelos de areias
e brincar com barquinhos de papel.
Quero a luminosidade do entardecer,
descansar na rede do arrebol
e ser fotografada pela aurora boreal.
Quero o côncavo e o convexo,
decidir o pleito entre a lança e o dragão.
Quero desfilar em carruagem de fogo.
E que soltem todos os fogos de artifícios
quando a pira for acesa,
pois nascerão flores nas labaredas.