Sabatina

 

Não vou dormir sem me deixar existir

No tempo que ganhei de presente.

Fez de tua presença uma esperança

O amor de quem sou dependente.

 

Não quero ser um destroçado na vida,

Quero ser amado no mundo.

Meu coração é um cerne amargo,

Mas meu sangue é vermelho profundo.

 

Quero acordar com o branco da lua,

Com os cânticos divinos do céu,

E nas colheitas que em mim perpetua

As flores d’um jardim sem mantéu.

 

E neste tempo que não faz amar,

Tão cruel, tão desumano, neste temor

Quero jogar minhas túnicas ao mar,

Quero provar o que Deus me deixou.

 

(Poeta- Dolandmay)

Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 12/05/2010
Reeditado em 26/09/2011
Código do texto: T2252889
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