Esperança
Ajunto os cacos
da velha construção
Agarro a raiz forte
do fundo do poço.
Sou pedaços...
Ao assombro digo não...
Sigo cambaleante ao norte
arrisco meu pescoço,
me agarro aos laços.
Sou planta do asfalto
semeada pelo vento
fadada a fenecer.
Aos sobressaltos,
espero o raro momento:
sobreviver.