IGNORÂNCIA...
A ignorância é a mãe das prepotências
Da mesma família da soberba e arrogância
Prima-irmã de todas as violências
A ignorância alimenta-se da inveja e do ciúme
Lastimável e perigosa alquimia
Comparável a total miséria e covardia
Das mais sutis... às intransigentes
Das dissimuladas... às inconsequentes
Estão sempre em conluio nessa ciência
Ah! Meu Deus... haja paciência...
Para suportar as ofensas à inteligência
Com idéias falsas sobre o conselho alheio
Ah! Senhor... este é um tema ou crença?
Pois na falta de instrução ou doença
É mente prenhe de escuridão
Noite de trevas e ilusão
Há que se convocar a tolerância...
Há que se alistar a benevolência...
Para combater a cruel maledicência...
Namorada da hipócrita deselegância
Que tolhe e agride a liberdade e a sapiência
Pois a sabedoria ouve e ressente-se
Com o tom melodramático do preconceito
Desclassificado na ordem do dia
Filhas queridas da verdade e da essência
Louvemos o caráter, o melhor conselheiro
Então, conclamo: três vezes salve a esperança
Que haverá de nos trazer a perseverança...
De mãos dadas com a paz da consciência.
Então, proclamo: três vezes salve a confiança
Do refletir riqueza de espírito e alma nobre
Alimentadas em bem o mal não contamine.
A vencer as incompreensões da ignorância.
A transpor as tolices dos equivocados.
Dueto: Hildebrando Menezes e Silvia Mendonça
Nota: Texto comemorativo dos 1.300 do autor, no Recanto das Letras.