Serena não sou!
Escrevo para me manter lúcida
Para espantar o vil alzheimer
Ocupo a mente com desvarios
Fantasio uma saúde de ferro
Não me vejo anfitriã da senilidade
Eu nunca vos disse que temo a idade
Mas quero dela tirar o melhor proveito
Há na poesia um fitness completo
Metáforas feitas de quebra-cabeças
Um puzzle que é o meu predilecto
Palavras que nascem para ganhar vida
Cruzar os braços, não contem com isso
Impávida não fico, serena não sou!
São batalhas que venço para estar activa