Procurando abrigo
De bar em bar,
um sujeito para...
pira...
e vai...
de trago em trago...
de vento em polpa...
procurar asilo.
Sai...
De boca em boca,
obstinando aquilo
que,
em todas as tocas,
(diferentes da sua)
parece cheio.
Mas...
De tanto em tanto,
encontra o medo
que,
em todas as tocas,
(diferentes da sua)
não se mostra fixo.
E cai...
louco, louco...
de papo em papo...
pouco a pouco...
E...
de soco em soco,
encontra um leito
que,
de peito aberto,
diz estar cheio
de...
vazio.
E, então, compreende que
não está sozinho
e sorri, portanto,
louco, louco...
mas...
ainda esperançoso,
obstinado,
almejando o que
todas as tocas caçam
e não sabem;
aquilo que os deuses representam
para os crentes;
o que todo homem necessita,
e não encontra,
porque não busca
real,
lúcida,
sincera
e assertivamente.