O medo

Neste irreal quotidiano

Fechei as nuvens na gaveta

Não abri a porta é solidão,

Deixei o copo na mesa, o livro no chão...

Sentei-me á mesa com o medo

e falei-lhe das descobertas

que quase me fizeram falhar...

Do amor que reside na memória das palavras

Das amizades perdidas,

Da importância do olha...

Do desejo de partir...

Ele entrelaçou as mãos nas minhas e disse:

O medo perdeu a idade

Este labirinto que é a vida

pertence ao Homem...

Esquece-me, sai do escuro

Deixa a lágrima rolar...

(Re)inventa a alegria

Dança no palco gasto,para afastar o pó...

Descobre a poesia,porque o teu coração sabe voar...

Não te esqueças, quando vires a sombra

É porque há luz...

Fechei os olhos,

a porta abriu...

O medo foi, a solidão também...

As nuvens soltaram-se...

Choveu...

Percebi que a única condição,

não era partir,nem era ficar...

Era simplesmente continuar...

Porque eu era o meu caminho...

R
Enviado por R em 16/04/2010
Código do texto: T2201257
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