Mar de ilusões

O poeta simplesmente plantou

Uma rosa na areia!

E passou a traduzir o tempo,

Em inúteis poesias...

Do passado obscuro

Ao futuro obsoleto!

No gosto perfeito,

Dos mais loucos venenos,

Das mais belas flores,

Aos mais insanos amores...

Escreveu a noite urbana,

A vida cotidiana,

Palavra profana!

Paixão mundana...

Mergulhou suas palavras

Em uma vida negra,

Em um vinho negro

Em uma lua negra...

Sempre observado,

Pelos mais atendos olhos verdes,

De esmeraldas cintilantes...

O mesmo poeta que plantou a rosa na areia:

Discursou filosofias do futuro em uma praça,

E mesmo sem graça...

Escreveu no futuro,

Luxúrias sedentas!

E com o constante sabor amargo

Do veneno lento em seus lábios,

E mesmo com a rosa plantada

E fertilizadas nas areias

De um coração despedaçãdo;

E mesmo com a convicção perplexa

Nesse mar de ilusões;

O poeta persevera friamente

Nos caminhos obscuros,

E incertos...

Da Poesia Urbana!

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Gessé Cotrim
Enviado por Gessé Cotrim em 15/04/2010
Reeditado em 16/06/2011
Código do texto: T2199495
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