DEPOIS DA ESPERANÇA

Minhas mãos atadas
Minha visão turva
Minhas pernas cansadas
Minha voz miúda
Hão de acenar pro futuro
Hão de olhar o horizonte
Hão de correr confiantes
De gritar para o mundo

Minha boca ardida
Os meus ombros caídos
Meu nariz entupido
E meus surdos ouvidos
Hão de beijar novamente
Se agitar comoventes
E respirar ofegantes
Ao ouvir um som pungente

Meu coração reticente
E minha mente confusa
Meu espírito indiferente
E minha alma difusa
Hão de bater com alegria
Hão de lembrar da magia
Hão de beber valentia
E de ungir com a vida

Falo depois da tormenta
Da dor que a tudo afugenta
Da falta de amor que arrebenta
Há de nascer outro sol, outra lua
E a solidão já será passageira
E a vontade será companheira
Há me levar, para um novo dia.
Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 11/04/2010
Código do texto: T2190947
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.