SÚPLICA
Diante de minha impotência ...
Minha voz se cala,
Meus olhos ressecam,
Minha luz se apaga,
Minhas mãos se fecham,
Meus braços se cruzam,
Minha mente grita,
Meus joelhos dobram,
Meu coração suplica.
Diante da fé ...
Minha voz que antes estava muda,
agora grita como se fosse surda.
Meus olhos sem lágrimas então,
agora são cascatas de emoção.
Minha luz cujo brilho se esvaiu,
com a esperança ressurgiu.
Minhas mãos em revolta tão fechadas,
se abrem e aceitam resignadas.
Meus braços se descruzam do corpo,
e agora abraçam para dar conforto.
Minha mente se harmoniza e silencia
com a segurança de quem confia.
Meus joelhos lentamente se elevam,
à vontade de Deus se entregam.
Meu coração, ainda suplica,
porém, finalmente acredita.