Crack nem em Pensamento

Até quando...

Vamos vendar nossos olhos

Fingindo que na próxima esquina

A vida segue normalmente,

Sem pressa, sem preconceito,

Enfim, sem medo?

Até quando...

Vamos nos esconder

Atrás de telas multicoloridas

Esperando a novela começar,

Pedindo por Deus que a noticia termine,

Azar não é meu o filho?

Até quando...

Cruzaremos os braços,

Desviaremos o rosto

Dizendo a mesma retórica,

“Ah! O governo não faz nada,

Por que eu vou fazer?”

Até quando...

Até quando Criador...

Vamos deixar nossas crianças

A mercê da pedra este “monstro”,

Que nada planta, aliás planta sim,

Semeia discórdia e violência,

Para um amanhã onde vamos colher

O fantasma da Morte?

A Morte...

Até quando?

Auber Fioravante Júnior

30/03/2010

Porto Alegre - RS