Recados de solidão
Agora que o tempo é engrenagem silenciosa
Na boca das horas
Nem sei mais onde ficaram
Os restos mortais do meu poema...
Sei que lembranças são
sepultadas
com as idéias
E palavras ficam presas
Nas gargantas dos exilados.
Enquanto borboletas apodrecem no lixo
Gatos fazem as rondas nos muros
E há restos de lua pelos becos...
Quem roubou o arco-íris
Que estava debruçado no rio
Da minha infância?...
Ah... cantigas
Recados de solidão
Venham todas
E juntas
Adormeçam meu sono
Põem-me a sonhar...
Assim, deliberadamente
Consubstancio-me no orvalho
Que emerge da noite
Molhando as manhãs
Com o teu hálito insone
E quiçá, nos rastros da aurora
Seja finalmente
Como os pássaros do céu
Rumo ao infinito.
Vinhedo, 30 de março de 2010.
Agora que o tempo é engrenagem silenciosa
Na boca das horas
Nem sei mais onde ficaram
Os restos mortais do meu poema...
Sei que lembranças são
sepultadas
com as idéias
E palavras ficam presas
Nas gargantas dos exilados.
Enquanto borboletas apodrecem no lixo
Gatos fazem as rondas nos muros
E há restos de lua pelos becos...
Quem roubou o arco-íris
Que estava debruçado no rio
Da minha infância?...
Ah... cantigas
Recados de solidão
Venham todas
E juntas
Adormeçam meu sono
Põem-me a sonhar...
Assim, deliberadamente
Consubstancio-me no orvalho
Que emerge da noite
Molhando as manhãs
Com o teu hálito insone
E quiçá, nos rastros da aurora
Seja finalmente
Como os pássaros do céu
Rumo ao infinito.
Vinhedo, 30 de março de 2010.