Esperança
Mente
quando diz de repente
que me ama.
Minto
e não digo o que sinto.
Oculto
a tremura na voz
e nas mãos aflição.
Não importa
abro a porta
e deixo, ao entrar,
no capacho incolor
o manto da mentira
o anel da tristeza
e a corrente da dor
Conto
uma a uma as estrelas no céu
que escurece
Canto
um suave acalanto
ao coração que adormece
e sonha sob o véu
do amanhã.