Um dia

Distante terra de ninguém

è onde me encontro agora

Nada mais me atinge

Meu corpo é inerte, frio, vazio

Nesta procura por nada, nem por ninguém

nesta tarde ensolarada , onde pela cortina vejo a sombra da saudade

Uma saudade de nada, saudade daquilo que nunca vi

nem toquei, nem senti

O universo está presente em mim

E eu nele

Eu venci, por existir

Por ser alguém, que tem olhos pra ver

Que tem pernas para caminhar

e braços para abraçar

Coração para amar, boca para falar

Falar de poesia, falar de amor

Falar de sentimento

Embora esse momento

Seja de coisa alguma

Seja um simples lamento

Do nada que perdi

Mas estou viva aqui

E vivendo vou aprendendo

Que o amor depende do dia

da hora, do ano, da vida...

Que muitas vezes poupa nossos sonhos

nosso sorriso

Por isso me escondo entre poemas

E neles acabo me achando

E achando que desta forma

Eles me encontrarão um dia

E quando esse dia chegar , estarei aqui

a escrever diferente

Ou nunca mais escreverei nada...

Milli
Enviado por Milli em 21/03/2010
Reeditado em 21/03/2010
Código do texto: T2150727
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