Um dia
Distante terra de ninguém
è onde me encontro agora
Nada mais me atinge
Meu corpo é inerte, frio, vazio
Nesta procura por nada, nem por ninguém
nesta tarde ensolarada , onde pela cortina vejo a sombra da saudade
Uma saudade de nada, saudade daquilo que nunca vi
nem toquei, nem senti
O universo está presente em mim
E eu nele
Eu venci, por existir
Por ser alguém, que tem olhos pra ver
Que tem pernas para caminhar
e braços para abraçar
Coração para amar, boca para falar
Falar de poesia, falar de amor
Falar de sentimento
Embora esse momento
Seja de coisa alguma
Seja um simples lamento
Do nada que perdi
Mas estou viva aqui
E vivendo vou aprendendo
Que o amor depende do dia
da hora, do ano, da vida...
Que muitas vezes poupa nossos sonhos
nosso sorriso
Por isso me escondo entre poemas
E neles acabo me achando
E achando que desta forma
Eles me encontrarão um dia
E quando esse dia chegar , estarei aqui
a escrever diferente
Ou nunca mais escreverei nada...