Caminhos
Lá vou eu
Pequena Asa partida
Nas circunstâncias
Que me tornam
Aquela que serei.
A cada momento
Entre o ser e o fazer
A esta altura da vida
Já não me pertenço
Apenas sou
Na virtude da fé.
Mulher das madrugadas insones
Desnuda em tua rua
Com o brilho das Estrelas
Cintilantes fluidas a brincar no céu de todos
Coração recolhido em tuas mãos
O corpo livre no espírito
Entre laços de ternura
Tecidos nos encantos
De um amor primeiro.
Nos passos do caminho
Faço e desfaço
Os fios que tecem nosso chão
Em pura arte e sabedoria
No tempo que espera
Ao encontrar aflito
Com olhos perplexos
Visão de futuro
Plena em aceitação do destino
Percebo movimento e alegria
Ao ousar escolhas feitas
Na escuridão da fé
Descubro claridade e luz
Construção diária
Da mulher habilidosa
Bastidor e linha nas mãos
Bordo planos e sonhos coloridos
No céu pássaros voam
Anunciam em sua revoada
A mudança da estação
Onde o amor se faz reinar
Apenas porque é
Musica leve no ar.