Soneto da Probidade
Soneto da Probidade
Meu desejo confesso e secreto,
Universo de brandura e mansidão,
Sofre a força do mecanismo de repressão,
Como se fosse um pútrido dejeto.
Moral hipócrita da sociedade
Ambiente que às vezes me causa repulsa
Vida infame que atormenta e me expulsa
Como guerreiros de um reinado covarde
Declaro guerra a pseudo moral reinante
Que se impõe carnívora e triunfante
Que espreita nossa autenticidade voraz
De peito aberto, desejo a probidade.
Um reino encantado pela pureza de um alcaide
Um reino de honestidade e paz.