LUZ NO FIM DO TUNEL

Amarga certeza

Cruel constatação

Erro infantil

Arrependimento

Sensação de vazio

De frio...

Deixando na boca

Um gosto de retrocesso

Exata noção do que já viveu

Do que já sofreu

E, à custo, esqueceu...

Voz da razão

Que teima em ficar muda

Insiste em tomar posse

Do que não é mais seu

Que coisa mais absurda!

Fraqueza

Nó na garganta

Falta de chão!

Onde pisar?

Ir adiante?

Em que direção?

Ficar, voltar...?

Felicidade ou segurança?

Comodismo ou esperança...?

Mas... quem nunca fez alguma coisa

Quando o coração pedia outra?

Quem nunca mudou de planos

Ou cometeu enganos

E nos labirintos da vida se perdeu?

Quem?

Quem nunca voltou atrás e sofreu?

Sim, ainda resta um caminho

Uma luz, uma estrada

E por ela vou seguir

Sei que um dia

Voltarei a sorrir...