Camaleão do Poeta

Hoje é um dia crível

Pra qualquer besteira de lápis preto,

Pro Marrom que reboca a fome das bocas

E só na quietude me perco...

E me encontro logo em pavorosas relvas

Como que se despe do invisível de

Ser feliz nas palavras tortas,

Peça por peça mais nuas, mais frígidas...

As nuanças de uma tarde sonolenta

Trazem traços braile do rosto de Deus Sol,

Taças do baile das faces da Mãe Lua,

E minha máscara é Camaleão do Poeta.

Hoje é um dia crível,

Hoje é um dia incrível para nós

Porque o véu das plumas nos tornou mortais

E é absoluto mutar-me de vida às cores de morte.

Hoje é um paradoxo Faminto

Porque as pétalas surgem do fogo

E afogam outra das minhas faces de estanho.

Repousarei aqui: Jaz Camaleão do Poeta.