Velhice
Quando vier
Não bata na porta
Entre sorrateira
Como o ar que respiro
Não quero que chegue
Feito ondas salgadas do mar
E sim docemente
De água corrente de um rio
Não atropele minha vaidade
Apenas deixe que ela atravesse
A rua do meu conformismo
Antes que continue seu trajeto
E que seja amigo da juventude
Que ainda deverás permanecer em mim
Para que possamos sorrir juntos
Até que a morte nos separe