A AQUARELA DA BUSCA
Homem mijando na rua:
A urina exala o aroma
Da amoníaca fedentina madura.
O fulgor do sol,
Qual --- ao meio-dia ---
Se acentua:
Os olhos ardem,
Sem candura,
Ao tentarem divisar
A face, a porosidade, a solar textura!
Deitadas na cama da amorosa úlcera,
Pessoas estão á espera
Do samba que lhes traga a tão sonhada cura.
A Rainha das damas
Ostenta a sua impiedosa postura:
Serdes só meros peões
Entre vis e edazes sanguessugas.
Lua-Cheia, Nova Lua:
Postando-se de pé sobre o meio-fio,
A poética verve locomove-se a pé
E segue o fluxo do rio
Onde a Liberdade sem brumas triunfa!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
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