A AQUARELA DA BUSCA

Homem mijando na rua:

A urina exala o aroma

Da amoníaca fedentina madura.

O fulgor do sol,

Qual --- ao meio-dia ---

Se acentua:

Os olhos ardem,

Sem candura,

Ao tentarem divisar

A face, a porosidade, a solar textura!

Deitadas na cama da amorosa úlcera,

Pessoas estão á espera

Do samba que lhes traga a tão sonhada cura.

A Rainha das damas

Ostenta a sua impiedosa postura:

Serdes só meros peões

Entre vis e edazes sanguessugas.

Lua-Cheia, Nova Lua:

Postando-se de pé sobre o meio-fio,

A poética verve locomove-se a pé

E segue o fluxo do rio

Onde a Liberdade sem brumas triunfa!

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

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• http://twitter.com/jessebarbosa27

JESSÉ BARBOSA
Enviado por JESSÉ BARBOSA em 02/02/2010
Reeditado em 03/06/2010
Código do texto: T2064703
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