A ESMERALDA RECÔNDITA

Lápide que lapida

Nuvens chovendo

Uma dor funda e um aderente silêncio

Sobre a mansão da emotiva razão:

São vidas virando o mor monumento

Ás fozes do vácuo-túmulo,

E nas quais passa a preponderar

O insidioso sabor velhaco do concreto armado.

Então as pessoas procuram

--- para sobreviver á tirania da terra sem Pégaso ---

Sorver a seiva dos filamentos,

Emanados, de quando em quando,

Da luz solar ou da aura da noite estelar cintilando:

Nelas mora

O reino da crença

Na aurora da vitória,

Ainda que não se saiba

O quão demorado

Será o desabrochar do sonho!

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

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JESSÉ BARBOSA
Enviado por JESSÉ BARBOSA em 18/01/2010
Reeditado em 25/06/2010
Código do texto: T2036292
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