UM MINUTO DE SILENCIO



Não ficará morto,
Na inutilidade dos gestos.
Milhões procuram um porto,
E são apenas restos.

O que sobrou? o que ficou?
Entre os destroços,
Não dá para avaliar,
Vidas transmutadas.

Avenidas congestionadas,
De escombros, cadáveres,
Por todos os lados,
Feridos, abandonados.

Vidas sedentas,
Mortes sangrentas.
Gritos, dor, terror, tremor.
HAITI retrato de horror.

Mortos, vivos e dor
Além da linha de pobreza
Parece que a Mãe Natureza
É mais cruel em sua realeza.

É hora de ajudar
Se todos puderem se unir
E então participar
Quem sabe reconstruir?

O que não dá para fazer,
È que depois de tudo ver,
Continuarás tua vida,
Sem se envolver.

Acorda irmão,
Abre os olhos para a realidade.
Não existe melhor lição
Que vem na adversidade

Nos ensina a abrir o coração
E buscar através da fraternidade
Agindo com solidariedade
Resgatar a Humanidade

Em seus momentos de carência
Em sua eterna luta
Contra o frio destino
Contra o negro dissabor

De sentir-se abandonado
A própria morte
Quando finda até a sorte
Neste fim de mundo

Um minuto de silencio
Cheio de mudo respeito
Para aqueles que ultrapassaram
As barreiras de mais um estágio

Um minuto de silencio
Para retomar o fôlego
E tentar digerir
As notícias que acabo de assistir

Jovens, crianças tantos
Milhões que não irão resistir
Senhor, ajude-nos
Para que eles não queiram desistir.

Um minuto de silêncio
Ecoa no coração do mundo
Como que implorando:
- Não deixamos de existir.


Aradia Rhianon
Enviado por Aradia Rhianon em 14/01/2010
Código do texto: T2028582
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