POÇÃO DE MAGIA

Na tarde que chega em minha janela

Meu coração contempla...

O suspirar das folhas nos arbustos...

As horas vazias, à etérea tarde...

Que por mim atravessa.

Termino as compras

na feira da ilusão

energia íntima do

meu interior

Penso em vida e germino

pequena poção de magia...

Vislumbro cada estação

procuro não me acostumar

e cada uma tem o seu pesar

pois estou aqui de passagem

Flutuo em cores mil

Quero servir a minha realidade

Amedronta-me a truculência

A ausência de benevolência nos sinais

A lacuna de coesão nos atos

Mas reparo na tarde de outono

O poema é de entardecer

O sol ameno, o vento leve!

A vida que se espraia no horizonte

Vejo nos olhos das meninas

A magnitude da buscas

A espera de tantas luzes

Cinjo nesse instante

A lembrança da menina

Que adolesceu e volitou

além do que posso ver...

Obstinação dos céus,

dos jardins de rosas...

sinto nostalgias...

e saudades imensas

Risonho sonho a ser cultivado...

Assim me deixo ficar...

na mágica do meu ser...

Mesmo que de passagem..

Belo Horizonte, 02 de janeiro de 2010 ás 01h38m

Silvania Mendonça
Enviado por Silvania Mendonça em 02/01/2010
Código do texto: T2007434
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