Velho Ano Novo

Novos amigos encontrei,

outros amores vivi,

outros poemas escrevi,

e por artes de certa Walkiria,

eu sei que vivi.

Mas já sopram os novos ventos,

que os tristes momentos

sucubam à fúria dos elementos.

E que os ternos sentimentos,

transpareçam em todos argumentos.

Que entre perdas e ganhos

em fatais dias estranhos,

sempre aponte a balança

para o verde esperança.

Pois agora é hora

de mudar o ano lá de fora.

E de guardar o antigo desvario

para que no espaço vazio

curse o novo Rio.