Rastros de Esperança
Nas águas azuis dos oceanos
Navegam sedativos para todos os males,
As dores que são defeitos da vida
Mergulham afoitas em torno dos lares.
Velejar nas águas cristalinas do amor
Parece um sonho concebido nas alegorias do prazer,
Nas profundezas das águas vivem devaneios reprimidos
Á espera de um mundo novo onde possam renascer.
As vagas que explodem diante das pedras
Partem os alicerces de um porvir promissor...
O carinho perdido entre intensos torvelinhos
Fenece afogado à procura do amor.
No encontro das águas em pleno horizonte
Uma esperança fugaz acena venturosa...
Dribla com argúcia perigosos redemoinhos
E se faz presente na atmosfera silenciosa.
São os últimos instantes em que uma procela bendita
Amaina a fúria dos ventos na cruel tempestade,
Os devaneios que voltam à tona quase moribundos
São rastros de esperança que adornam de amor a eternidade!