SEGREDO SAGRADO

Tanto que eu lutei

Quantas poemas escrevi?

O que quis falar e não falei

Onde guardo tanto segredo?

O que não fiz por medo?

Quantas vez fui covarde

E não alimentei minhas vontades?

Desde que sou o que acho que sou

As veredas são os meus caminhos

A chuva é a minha lágrima

O sol é o meu cobertor contra o frio

E as preces silenciosas meu escudo.

Quantas chances de mudar uma situação?

Quais passos evitei para não contrariar alguém?

O que eu queria fazer e não fiz?

Ah, o mundo, o povo, a sociedade

Eles são os culpados?

Sou eu o culpado?

Não!

Isto é apenas o mundo.

E o mundo e compreendido por homens

E os homens, bem, estes são humanos

E os humanos são frágeis e fortes

Crianças e adultos

Mestre e aluno

Palestrante e ouvinte.

Somos todos juntos os responsáveis

Pela semente de um novo dia

De uma nova época.

Antonio dos Anjos
Enviado por Antonio dos Anjos em 22/12/2009
Código do texto: T1991510
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