Natal, violino e o homem

Faces pálidas

e mãos esquálidas

aplaudem o violinista

e pedem que a dor lhe assista.

O Homem e sua melodia

preenchem o saguão.

Preenchem cada vão

e angústias se escondem no desvão.

O dor muda de lugar

porque a fila anda,

mas já é frágil, como flor na guirlanda.

A morte já não é eminente.

Alguns, acreditam-na ausente.

E quase todos, que viver é mais urgente.

Dedicado ao Homem, que com seu violino, espalhou-nos

um pouco de Natal.