BEIJOS QUE NÃO USUFRUÍ

Houve abraços que a vida me esqueceu de incluir

e tantos beijos dos quais não pude usufruir,

mas os sorrisos infelizmente não esboçados

perderam-se em olhares tão abandonados

Não pude falar de paz quando armas guerreavam

porque meu grito era superado pelos que matavam

e se o oceano não consegue tanto orgulho imergir

só o amor detém a impertinência de refluir

A fantasia poética é o alento de almas e corações

contudo o abstrato do viver é o êxtase dos senões

pois a existência nos surpreende com contrastes

enquanto a quimera suaviza nossos desgastes

Mesmo querendo o homem não escapa da ilusão

pois quem pode esconder-se dos abismo do coração?

O invisível só se vislumbra aos olhos da alma

que vê a essência onde o sonho deságua

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 11/12/2009
Reeditado em 12/12/2009
Código do texto: T1971941
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.