A Luz

A ciência diz que tu é apenas eletromagnetismo,

Mas sei que representas muito mais do que isso

Magnetismo que atrai olhares esperançosos

E elétro porque brilha e gera a energia

Vital para o consumo da vida

Físicos dizem que és graças a ti podermos ver,

Porém o que tu revelas está muito mais profundo

Um sentimento esquecido, uma razão abstrata

Uma crença em algo que pode existir, ou não

Lamentável é a alma que não acredita no futuro

Porque para ela já não há esperança, olhos fechados

Cerrados e o rosto coberto, tentando ser discreto

Escondido sob uma máscara que somente tu alcanças

Porque tua frequência é divina e tua velocidade

Não é escalar, é misteriosa, gloriosa como a vida

Que já tantas vezes foi esquecida

Teu comprimento é infinito, pois chega ao final do universo,

Apesar de que o universo não tem fim, logo tu também não o tens

Mostra o caminho para o coração dos homens, local de descanso

Há tanto tempo guardado pela escuridão, falta de ti

Que reina por sobre tudo, capaz de extinguir a sombra,

Mesmo que seja tua culpa a existência dela

Ambas são belas, então para que culpar alguém?

Culpo a mim mesmo, por não ser capaz de ti entender melhor

Porque tu criaras a paz, a igualdade, a beleza e o amor

E é graças a isso que existem o ódio, a raiva, a lástima e o rancor

Infeliz foi tua escolha, tua sábia decisão

Criar o paradoxo e desenvolver a dúvida

Questionando até mesmo a tua própria existência

Recordo-me de um tempo em que tu eras absoluta

Agora, és somente uma mercadoria

Raio magnífico, que às almas traz o perdão

Objeto de estudo, desejo e dedicação, leva-me

Em teu caminho encontrarei as respostas, para a jornada

Grandiosa e desarmoniosa, do caos surge o equilíbrio

Ninguém jamais conseguiu te alcançar, mesmo que estejas

Tão próxima de todos, está ao mesmo tempo distante

És uma estrela brilhando ao longe, mas na verdade

Muito mais que isso, porque o brilho da estrela

Não é o que me guia, somente tu és capaz de estar

Em todo lugar, mesmo quando a falta de ti há

Representas minha infância, minha alma de criança

Que custa a acreditar nas verdades duvidosas,

As quais fui obrigado a aceitar, porém não mais

Vou continuar a te olhar, porque sei que não és tu

Quem me deixa cego, são as sombras ao redor

Que disparam ventos frios contra os sonhos

Pobres esses, que são somente uma pequena brisa

Quantas vezes a humanidade já mirou o céu, com o fim

De conquistá-la, mas como é possível conquistar o infinito?

Lamentações para aqueles que observam-te, procurando

Algo que não está em ti, pois cada um leva em sua alma

A resposta para suas dúvidas, assim como na matemática

Todo problema tem sua própria solução, para descobri-la

Não use a razão, pense com seu coração, pois somente assim

É capaz de se entender que as respostas não estão em ti

Guia-me para locais distantes, onde as sombras ainda não chegaram

Leva-me em tua estrada iluminada, onde serei capaz de entender

Os conselhos dos loucos e os medos dos sábios

Que profetizaram um novo início, mas esqueceram de pensar

Sobre o fim, seria ele tão temível assim? Ou seria o fim

Apenas o começo da mudança? Se for, há esperança.

A tua onda é o tsunami de esclarecimento, trazendo de volta

Os pensamentos perdidos e levando contigo os males proibidos

Como numa maré celeste tu danças, balançando as almas

Que estão presas dentro de uma arca escura

Quebra a madeira pútrida e liberta!

Poderosa onda eletromagnética.

Magno Quirino
Enviado por Magno Quirino em 08/12/2009
Reeditado em 09/12/2009
Código do texto: T1966264
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