Vermelho

Tenho trocado as pernas e andado meio entediado e cansado de hipocrisias.

Agora sou eu que corro até a luz, agora sou eu que busco a saída.

Sinto-me tão estranho nesse mundo vermelho que criaram em minha volta.

Parece que o céu está sobre meus pés.

As flores são sem perfumes, a chuva é salgada.

O vento trás ausência...

Tudo sem vida!

Meu peito ainda bate?

Que compasso é este que estou envolto?

Onde as cores se esconderam?

Cadê todo mundo?

Todo o mundo se perdeu em lágrimas.

O vermelho sangue que jorra dos inocentes é o que move toda essa arrogância.

Perdi a visão do “senso comum”. Perdi minhas roupas e meu estilo. MUDEI!

Mudei os lugares, pessoas, religião.

E tudo continua da mesma forma. Vermelho.

Tenho trocado as pernas, os bares e dormido ao relento.

Tenho trocado versos, sonhos e desejos.

Tenho seguido estrelas que nem me lembro mais...

Buscando viver intensamente as situações do cotidiano... reescrevendo as notas.

Meu lápis é o amor, meu papel e o coração.

Ainda troco as pernas por palavras sem destino

Mas eu não ligo, não ligo mesmo.

Passo o dia feliz, enquanto a roda da vida gira, e eu to aqui agora, e amanhã... amanhã ainda não chegou.

O que importa e que estou correndo pra luz, estou me movendo agora, agora.... só há um tempo.

Henrique Martins

07/12/09

Davidson Martins
Enviado por Davidson Martins em 07/12/2009
Código do texto: T1965959