Deixe-me aqui: sentado!
Preciso esperar o cumprimento
Da última promessa feita.
Não sei se virá a cavalo
Ou no vento,
Ou preso às asas de uma borboleta.
Talvez seja breve – espero –
Como visita de médico,
Talvez seja como o esperar da resposta
De um emprego desejado
Entre mil pessoas,
Ou quem sabe – infelizmente –
Seja como o esperar a resposta
De uma carta de amor
Endereçada a quem não
Ama-nos mais!
Não sei.
Podem ir.
Deixem-me aqui: sentado!
Se adormecer as minhas nádegas, deitarei;
Se calejar o meu corpo
Ajoelharei para uma oração sentida –
Último recurso dos desesperados!