... JANELAS...!



Às vezes me debruço nas janelas do Universo
Viajando no espaço, contemplando o infinito
Tão imenso, tão bonito,
Cravejado de diamantes lapidados nas estrelas
Coruscantes, lampejantes de sóis. Em tais janelas
Debruço e soluço...

Muitas vezes me debruço nas janelas do passado
Ouvindo a voz do ser materno tão querido e amado,
Cantante ou soluçante,
Despertando à madrugada, abrindo os olhos do dia,
Caminhando na relva molhada das lágrimas da noite,
Esperada ou odiada...

Quantas vezes me debruço na janela do presente
Procurando esquecer a dor lancinante, latente,
Do crescer, do viver...
Certo da vitória em tantas caminhadas pedregosas
Sentindo o gosto agridoce das chegadas e conquistas
Ansiosas, dolorosas...

Quando um dia me debruçar na janela do futuro
E caminhar pelas fímbrias do Universo infinito,
(mais puro ou impuro)
Apalpar o invisível, tocar o vácuo, ver o impossível,
Sentir o verdadeiro, amar o Eterno e ser amado,
Então verei o Alfa...! Está consumado!